quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Amor à Vida: Finalmente personagens gays saíram do caricatural e ganharam sentimentos
Postado por: Hélio Filho

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Com Amor à Vida, gays saem do armário e finalmente entram na vida real dos lares brasileiros

Nunca antes na História deste País, parafraseando o ex-presidente, os gays tiveram tanto espaço em uma telenovela quanto têm atualmente em “Amor à Vida”, de Walcyr Carrasco. O autor do folhetim das nove, horário nobríssimo da poderosa Rede Globo, não só tirou os homossexuais do armário, mas também os colocou no centro das atenções, humanizados, sensíveis, vilões, vítimas, gente como qualquer pessoa.

Colocar um Félix (Matheus Solano) como vilão já foi um passo para fazer o telespectador pensar que gays não são sempre alegres e saltitantes, não trabalham apenas como cabeleireiros e estilistas e podem sim ser casados com o sexo oposto – mesmo que em uma união matrimonial totalmente de fachada. Outro assunto delicado, mas muito recorrente na vida real, que foi abordado.

A novela começou mostrando o sofrimento que é para um homossexual ter que se casar com alguém do sexo oposto para manter a imagem. Algo muito real e próximo do mundo gay – vide o tanto de homens que têm esposas e filhos em suas casas, mas não dispensam um bom bafo nas saunas, com algumas festas dedicadas só para eles.

Depois veio o casal comum (usar a palavra normal não seria prudente) formado por Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcelo Anthony), ávidos por formar uma família como qualquer outra, com um filho para coroar a união estável. Até a perniciosidade de Amarilys (Daniele Winits) entrar em cena e balançar a orientação sexual de Eron, coisa também real, plausível e mais comum do que se pensa.

Walcyr Carrasco merece sim muitos elogios por mostrar um gay vítima do mau caratismo alheio, o sensível Niko. Assim, coloca o ódio do telespectador em cima da dermatologista que vive querendo dar a Elza no bebê Fabrício. É uma maneira de dizer, e mostrar, exemplificar, que falta de caráter não tem absolutamente nada a ver com orientação sexual, coisa que a gente sabe há muito tempo.

É um despertar da teledramaturgia para o fato de que homossexuais não são apenas pessoas caricatas e que fazem todo mundo rir, são também seres humanos – que sofrem, choram, anseiam, amparam e ensinam. Imagine você aquela senhorinha fofa que mora fora dos grandes centros brasileiros e não é acostumada a ver casais gays na rua. Com “Amor à Vida”, o casal gay comum, sem piadas forçadas em seu roteiro, entra na casa dela, a faz sofrer junto, torcer por ele.

Mídia
Uma das mais importantes revistas semanais do Brasil, a “Isto É” dedicou uma edição quase inteira justamente a essa retirada do armário que Walcyr está promovendo. Com Félix, Niko e Eron, a homossexualidade deixa de ser assunto de conversa em tom baixo, em poucos locais, e ganha as ruas, o ambiente de trabalho, o ônibus, as escolas. Mais do que a homossexualidade, a discussão sobre ela.

Finalmente deixamos para trás o tom caricatural dos personagens para ver um trio de gays que tem sentimento, é gente. Isso sensibiliza a massa de telespectadores, a faz pensar no assunto, discutir isso em casa, no trabalho e na escola/universidade. Veja as capas das revistas especializadas em televisão das últimas semanas: o casamento entre Félix e Niko é o assunto que domina, ao lado do fato de que (segundo essas revistas) o casal é quem vai criar o filho de César (Antonio Fagundes) e Aline (Vanessa Giácomo).

Com ou sem o tão esperado e comentado beijo gay, “Amor à Vida” prestou um enorme serviço à comunidade LGBT ao mostrar o cotidiano de pessoas comuns que amam outras pessoas do mesmo sexo que o seu. Simples assim, nada além disso. 
- See more at: http://www.mixbrasil.xpg.com.br/central/amor-a-vida-finalmente-personagens-gays-sairam-do-caricatural-e-ganharam-sentimentos.html#sthash.CeKUOx9Q.dpuf

Com Amor à Vida, gays saem do armário e finalmente entram na vida real dos lares brasileiros

Nunca antes na História deste País, parafraseando o ex-presidente, os gays tiveram tanto espaço em uma telenovela quanto têm atualmente em “Amor à Vida”, de Walcyr Carrasco. O autor do folhetim das nove, horário nobríssimo da poderosa Rede Globo, não só tirou os homossexuais do armário, mas também os colocou no centro das atenções, humanizados, sensíveis, vilões, vítimas, gente como qualquer pessoa.

Colocar um Félix (Matheus Solano) como vilão já foi um passo para fazer o telespectador pensar que gays não são sempre alegres e saltitantes, não trabalham apenas como cabeleireiros e estilistas e podem sim ser casados com o sexo oposto – mesmo que em uma união matrimonial totalmente de fachada. Outro assunto delicado, mas muito recorrente na vida real, que foi abordado.

A novela começou mostrando o sofrimento que é para um homossexual ter que se casar com alguém do sexo oposto para manter a imagem. Algo muito real e próximo do mundo gay – vide o tanto de homens que têm esposas e filhos em suas casas, mas não dispensam um bom bafo nas saunas, com algumas festas dedicadas só para eles.

Depois veio o casal comum (usar a palavra normal não seria prudente) formado por Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcelo Anthony), ávidos por formar uma família como qualquer outra, com um filho para coroar a união estável. Até a perniciosidade de Amarilys (Daniele Winits) entrar em cena e balançar a orientação sexual de Eron, coisa também real, plausível e mais comum do que se pensa.

Walcyr Carrasco merece sim muitos elogios por mostrar um gay vítima do mau caratismo alheio, o sensível Niko. Assim, coloca o ódio do telespectador em cima da dermatologista que vive querendo dar a Elza no bebê Fabrício. É uma maneira de dizer, e mostrar, exemplificar, que falta de caráter não tem absolutamente nada a ver com orientação sexual, coisa que a gente sabe há muito tempo.

É um despertar da teledramaturgia para o fato de que homossexuais não são apenas pessoas caricatas e que fazem todo mundo rir, são também seres humanos – que sofrem, choram, anseiam, amparam e ensinam. Imagine você aquela senhorinha fofa que mora fora dos grandes centros brasileiros e não é acostumada a ver casais gays na rua. Com “Amor à Vida”, o casal gay comum, sem piadas forçadas em seu roteiro, entra na casa dela, a faz sofrer junto, torcer por ele.

Mídia
Uma das mais importantes revistas semanais do Brasil, a “Isto É” dedicou uma edição quase inteira justamente a essa retirada do armário que Walcyr está promovendo. Com Félix, Niko e Eron, a homossexualidade deixa de ser assunto de conversa em tom baixo, em poucos locais, e ganha as ruas, o ambiente de trabalho, o ônibus, as escolas. Mais do que a homossexualidade, a discussão sobre ela.

Finalmente deixamos para trás o tom caricatural dos personagens para ver um trio de gays que tem sentimento, é gente. Isso sensibiliza a massa de telespectadores, a faz pensar no assunto, discutir isso em casa, no trabalho e na escola/universidade. Veja as capas das revistas especializadas em televisão das últimas semanas: o casamento entre Félix e Niko é o assunto que domina, ao lado do fato de que (segundo essas revistas) o casal é quem vai criar o filho de César (Antonio Fagundes) e Aline (Vanessa Giácomo).

Com ou sem o tão esperado e comentado beijo gay, “Amor à Vida” prestou um enorme serviço à comunidade LGBT ao mostrar o cotidiano de pessoas comuns que amam outras pessoas do mesmo sexo que o seu. Simples assim, nada além disso.
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Gays são agredidos em Goiânia. OAB se manifesta contra a homofobia
Postado por: Redação

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Estado brasileiro é omisso em relação à homofobia, diz advogada após agressão em Goiânia

Chyntia: agressões são crescentes e preocupantes
Mais um caso de agressão contra homossexuais é registrado em Goiânia. Na madrugada da última sexta-feira, 17, quatro jovens agrediram com xingamentos e socos dois homossexuais em uma lanchonete no Setor Bueno. Dos quatro suspeitos, dois foram levados para o 4º Distrito Policial de Goiânia. Um deles tem 17 anos. Os outros dois fugiram, mas foram identificados e serão convocados para esclarecimentos.

A advogada Chyntia Barcellos, vice-presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da seccional goiana da OAB (OAB-GO), demonstra preocupação diante de mais um caso registrado na Capital.

“Tais agressões de cunho homofóbico são crescentes e preocupantes. É preciso urgente intervenção das autoridades. A falta de uma lei que criminalize a homofobia contribui para que estes atos lamentáveis aconteçam. O Estado brasileiro é omisso e enquanto não temos a lei, o crime não deve ser ignorado e os responsáveis devem responder e prestar contas à Justiça”, aponta.

De acordo com ela, por ser o agressor menor, deve ser encaminhado à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais. A partir daí, os procedimentos podem ocorrer de duas formas. A primeira delas é por meio de audiência preliminar, na qual o Ministério Público pode decidir sobre a prisão provisória, que é no máximo de 45 dias. “Após verificada a natureza do crime e oferecida a denúncia pelo MP, o juiz pode manter os jovens infratores internados”, explica.

Pela outra forma, os pais ou responsáveis podem responder civilmente pelo dano causado ao jovem homossexual. “Em São Paulo, em novembro de 2010, um jovem gay foi atacado por rapazes homofóbicos com duas lâmpadas e os pais de um deles foram condenados a pagar indenização ao jovem agredido”, exemplifica Chyntia.
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