Dados da Human Rights Watch critica situação de presídios no Brasil e revela que Estados tem desempenho ruim.
Levantamento da mais
importante organização não governamental de Direitos Humanos revela que
quase 200 mil pessoas estão presas sem sequer terem sido julgadas. O
pior quadro é o do Piauí onde 66% da população carcerária são de presos
provisórios.

Dados
do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgados em outubro revalam que
no Piauí 75% das vagas do sistema prisional ocupadas por presos
provisórios. (Veja aqui)
Segundo
o relatório da Human Rights Watch, a população carcerária no Brasil
cresceu quase 30% nos últimos cinco anos. Hoje, são mais de 500 mil
presos. Número que, segundo a ONG, supera em 43% a capacidade do sistema
prisional do país.
Na
estatística, diversos centros de detenção no Brasil estão superlotados,
longos períodos de prisão provisória são comuns, e a tortura continua
sendo um problema grave. O trabalho forçado persiste em alguns estados,
apesar de esforços federais para erradicá-lo.
A
Human Rights Watch voltou a apontar práticas abusivas, cometidas por
alguns policiais, e lamentou o fato de alguns casos não serem
devidamente investigados. O documento menciona avanços, como a
determinação de uma unidade especial do Ministério Público para
investigar casos que envolvam suposto abuso policial em São Paulo e a
instalação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) em favelas
fluminenses, ainda que o Estado não tenha dotado medidas que assegurem a
responsabilização de agentes que cometam abusos.
Muitas
áreas metropolitanas do Brasil são assoladas por violência cometida por
gangues criminosas e policiais abusivos. No Rio de Janeiro, por
exemplo, traficantes de drogas cometem crimes violentos rotineiramente, e
milícias compostas por policiais, agentes penitenciários e bombeiros,
entre outros, têm sido implicadas em complexos esquemas de extorsão.
Segundo
dados oficiais, policiais foram responsáveis por 214 mortes no estado
do Rio de Janeiro e 251 mortes no estado de São Paulo durante o primeiro
semestre de 2012.
Diante
da avaliação, há previsão de reunião da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, da Câmara dos Deputados, passado o recesso parlamentar, para
debater o relatório da Human Rights Watch. O deputado Luiz Couto, que
integra a comissão, afirmou: “”Nós, da Comissão de Direitos Humanos,
vamos fazer um requerimento para ouvir entidades da sociedade civil
organizada, dos direitos humanos, do Judiciário, do Legislativo, do
Executivo e do Ministério Público, para então apresentar propostas que
possam enfrentar essas críticas e denúncias sobre violações de direitos
humanos em nosso País”.
Flash Yala Sena (com informações da Human Rights Watch)
redacao@cidadeverde.com
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