quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Carta de Heinrich Himmler trata homossexualidade como uma infecção

Livro reúne 141 cartas que retratam diversos acontecimentos históricos "Cartas da Humanidade" é uma compilação de 141 cartas que retratam diversos acontecimentos históricos e que falam de assuntos como religião, filosofia, poesia, amor, ódio, massacres, conflitos, guerras e política.
Da carta de Zaratustra, em um documento do livro sagrado do Zoroatrismo de 6000 A.C, até uma carta aberta ao povo de Illinois, escrita por Barack Obama em 2008, o livro passa por diversos nomes icônicos como Einstein, Orson Welles, Jânio Quadros, Fernando Pessoa, Getúlio Vargas, Maria Antonieta, Oscar Wilde, e muitos outros.
Acredita-se que o primeiro movimento pelos direitos dos homossexuais tem sua origem na Alemanha, no final do século 19. O movimento foi encerrado quando os nazistas, que veneravam a pureza racial, assumiram o controle.

ORG XMIT: 233201_0.tif 1940 Líder nazista Adolf Hitler ao lado de Heinrich Himmler, chefe da Gestapo. The United States Central Intelligence Agency released files on Adolf Hitler (C) and 19 others April 27, 2001, including some who eventually worked with the U.S. and other intelligence agencies and evaded prosecution during the Cold War. Hitler stands beside Heinrich Himmler, the head of the Gestapo, to observe a parade of Nazi Stormtroopers in this file photo from 1940. REUTERS/Corbis

Em 1928 e em 1937, Heinrich Himmler escreveu duas cartas manifestando suas opiniões sobre os gays. Na primeira, afirmou encarar como inimigo qualquer pessoa que pensasse em amor homossexual e disse rejeitar qualquer coisa que emasculasse o seu povo. Já na segunda carta, se referiu à homossexualidade como uma anormalidade, uma infecção que deveria ser evitada.
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"Desejo explorar algumas ideias sobre o assunto da homossexualidade. Entre certos homossexuais existe o seguinte ponto de vista: o que eu faço não tem nenhuma importância para mais ninguém, é uma questão pessoal e privada. Tudo que diz respeito a assuntos sexuais deixa de ser privado, quando a vida ou a morte de uma nação depende disso. É a diferença entre dominação mundial ou aniquilação.
Uma nação com muitas crianças pode ganhar supremacia e domínio do mundo. Uma raça pura com poucas crianças já está com um pé na sepultura; em cinquenta ou cem anos não terá nenhuma significância; em duzentos anos estará extinta. É essencial perceber que se nós permitirmos que essa infecção continue na Alemanha sem podermos combatê-la, será o fim do nosso país, do mundo germânico. Infelizmente, esta não é a simples questão que era para nossos antepassados. Para eles, os poucos casos isolados eram simplesmente anormalidades; eles os afogaram nos pântanos. Aqueles que achavam corpos no lodo não sabiam que em 90% dos casos se achavam cara a cara com um homossexual que havia sido afogado com todos os seus pertences. Isso não era nenhum castigo, mas a simples eliminação dessa anormalidade particular. É viral nós nos libertarmos deles; como erva daninha, temos que os arrancar, temos que os lançar ao fogo e queimá-los. Isso não parte de um espírito de vingança, mas da necessidade; essas criaturas devem ser exterminadas.

Heinrich Himmler, 18 de fevereiro, 1937".

Fonte: Folha de São Paulo

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