sexta-feira, 17 de julho de 2015

Teresina registra quase um caso de AIDS por dia, aponta FMS


Quase todos os dias, os órgãos de saúde em Teresina fazem o diagnóstico de um caso de AIDS em residentes da capital. Segundo dados da Fundação Municipal de Saúde, de janeiro a junho deste ano foram registrados 167 novos casos em residentes da capital. De 1986 até o mês de junho desse ano, foram notificadas 3.184 pessoas com a doença.
O Sul e Sudeste do país concentram 54% dos casos confirmados de AIDS, mas nessas regiões os números estão estabilizados, enquanto as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste mantém uma curva ascendente do número de casos, assim como está acontecendo em Teresina. 
Para a coordenadora de DST/AIDS da FMS, Andréa Fernanda Lopes isso significa que está melhorando o acesso aos exames que detectam a doença e que as pessoas estão sendo mais informadas. “Então, consequentemente, conseguimos diagnosticar mais casos e tratar da forma mais adequada”, disse a especialista.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) reconheceu o Brasil como referência mundial no controle da epidemia. O documento, divulgado na última terça-feira (14), destacou que o objetivo de chegar a 15 milhões de pessoas em tratamento para o HIV no mundo foi alcançado nove meses antes do prazo. O relatório apontou o importante papel do país na história global de combate à doença.
O relatório Unaids destaca que o Brasil foi o primeiro país a oferecer combinação do tratamento para HIV. Segundo o documento, ao fazer isso, o governo brasileiro desafiou as projeções do Banco Mundial de que haveria um aumento de novas infecções por HIV. O novo relatório, com mais de 500 páginas, também revela que as metas para a AIDS estabelecidas como Objetivos do Milênio – de deter e reverter a propagação do HIV – foram alcançadas.
Especialistas chamam atenção para conscientização
Segundo Andréa Fernanda, o trabalho é conscientizar a população para testagem e diagnóstico precoce da doença. “O uso do preservativo, seja ele masculino ou feminino, ainda é o principal fator preventivo da doença”, chamou a atenção a coordenadora de DST/AIDS da FMS.
A diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, dá dicas do que pode ser um indício em relação à doença. “É bom prestar atenção às alterações do corpo. São infecções oportunistas, entre outras: infecções recorrentes ocasionadas por fungos (na pele, boca e garganta); diarreia crônica há mais de 30 dias, com perda de peso; pneumonia; tuberculose disseminada; neurotoxoplasmose; neurocriptococose; citomegalovirose e pneumocistose”, disse a epidemiologista.
Para manter uma vida saudável e evitar que o organismo baixe ainda mais suas defesas, é necessário que a pessoa com AIDS cuide da alimentação, faça exercícios físicos e esteja bem emocionalmente. Com esses cuidados diários, será mais difícil que o corpo fique vulnerável a resfriados, gripes ou problemas gastrointestinais, que podem evoluir para doenças mais graves.

Fonte: FMS
Edição: Nayara Felizardo

Extraído de: Portal O Dia

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