Corpo do adolescente de 17 anos foi encontrado embaixo de um viaduto em São Paulo. Boletim de ocorrência fala em suicídio.
Um adolescente de 17 anos foi encontrado morto embaixo de um viaduto em São Paulo com sinais de tortura. O boletim de ocorrência fala em suicídio. A família está convencida de que foi crime de homofobia.
Kaíque Augusto Batista dos Santos foi a uma festa gay em uma boate na
região central de São Paulo, na sexta-feira à noite. Os amigos contam
que ele saiu da boate pra procurar os documentos que estariam pedidos e
não apareceu mais. Na madrugada de sábado, a polícia recolheu seu corpo
embaixo de um viaduto, perto da boate.
O boletim de ocorrência foi feito com base no relato do Policial
Militar que encontrou o corpo do adolescente. O PM não entrou em
detalhes sobre o estado do corpo. O delegado que assinou o Boletim de
Ocorrência registrou o caso como suicídio.
Mas amigos de Kaique e o irmão dele contestam a informação do boletim.
“Ele não se matou. Eu tenho certeza. Certeza. Não tem condições, pelo
jeito que ele era, uma pessoa alegre”, afirma Clayton Batista, irmão de
Kaique.
O documento do serviço funerário descreve as causas da morte como
traumatismo craniano e agente contundente. O amigo que reconheceu o
corpo no IML diz que Kaique foi torturado. “Dez dedos da mão quebrados, a
barra de ferro enfiada no meio da perna dele, maxilar quebrado, a perna
muito inchada. A face dele, irreconhecível”, conta Felipe Boaretto
Gomes, amigo de Kaique.
A Polícia Civil de São Paulo informa que está investigando o caso. E
que vai esperar o laudo da perícia, previsto para daqui a um mês, para
definir a causa da morte.
Na internet, amigos do rapaz combinaram um velório simbólico para
sábado. Kaique foi enterrado na quarta-feira, sem velório, por causa do
estado do corpo.
“Acho que foi, certeza crime homofóbico”, diz o amigo Felipe.
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