
A homolesbotransfobia matou 310 em 2013, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Casos
de preconceito contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (LGBT) são frequentes no Distrito Federal. A Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República mostra aumento de 431,11%
nas ocorrências brasilienses — subiu de 45, em 2011, para 239 no ano
seguinte.
Em quase duas semanas, dez LGBTs foram vítimas no DF. Em Taguatinga, uma
travesti foi morta com dez tiros na quarta-feira (19). De acordo com a
Polícia Civil, ela era conhecida como Paulete. Nos dias seguintes, mais
uma travesti foi assassinada na W3 norte e outra encontrada esfaqueada
na Rodoviária do Plano Piloto.
No domingo (23), um jovem de 17 anos foi agredido e teve a perna
quebrada em Planaltina pelo pai ao encontra foto de beijo com o namorado
do filho no celular.
Na terça-feira (25), duas lésbicas de 22 e 24 anos, foram espancadas
depois de discutir com um rapaz que chamou uma delas de “sapatona” em um
restaurante do Setor Comercial Sul.
E na madrugada desta sexta-feira (28), mais quatro lésbicas foram
espancadas na área externa de um bar de Brasília depois que um rapaz
confundiu uma das moças com um homem e achou que ela teria "dado em
cima" da moça que o acompanhava.
Há três meses, o professor de inglês Flávio Brebis, 42 anos, foi alvo de
dois jovens, em Taguatinga, por causa da orientação sexual.
“Xingaram-me de ‘viadinho, gay, boiola’. Um deles só não me bateu porque
tinha muita gente em volta, e o outro o conteve”, conta.

Fabiana Ferreira diz que homofobia tem aumentado devido discursos carregados de preconceito de fundamentalistas.
Para
Fabiana Ferreira, ganhadora do Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos
em 2013, a homofobia tem aumentado devido discursos carregados de
preconceito de fundamentalistas. "Não podemos deixar que posicionamentos
homofóbicos de uma pequena parte da sociedade seja motivos para o
aumento do sofrimento do próximo pelo simples fato de amar", diz a
assessora parlamentar que trabalha por um DF sem preconceito.
Michel Platini, do Grupo Estruturação LGBT de Brasília, ressalta que a
homofobia não vitimiza apenas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais. “Nós já vimos pai e filho serem confundidos com
homossexuais, e, por isso, serem vítimas de violência gratuita”, lamenta
Platini.
Hernanny Queiroz, conselheiro de juventude pela temática LGBT, reafirma a
importâncias de leis que pune discriminação baseada na orientação
sexual ou identidade de gênero. "Para que parte da sociedade seja
tratada como igual aos demais é preciso dar privilégios, isso acontece
com a lei do racismo, lei maria da penha. Por isso, precisamos da
regulamentação da lei 2.615 que faz 14 anos que foi aprovada pela Câmara
Legislativa Distrital e um ano que foi regulamentada e revogada em
menos de 24 horas pelo governo Agnelo cedendo a pressão de religiosos
fundamentalistas", lembra o jovem.
FONTE: GAY1
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