O medicamento simeprevir deve ser incorporado ao SUS ainda
este ano. Cerca de 60 mil pessoas serão beneficiadas no período de dois anos

Os três produtos tiveram análise
priorizada pela Anvisa, pois são de interesse público para as políticas de
tratamento da hepatite do Ministério da Saúde. A prioridade é solicitada sempre
que o medicamento apresenta interesse estratégico ao Sistema Único de Saúde
(SUS). Trata-se de tecnologia inovadora que proporciona benefícios aos
pacientes. A previsão é que o tratamento completo com todos os medicamentos
seja incorporado ainda este ano ao SUS.
Antes de serem disponibilizados aos
pacientes, os medicamentos devem ser analisados pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias (Conitec). A comissão garante a proteção do cidadão
com relação ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da
evidência clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos.
As evidências científicas apontam que
os novos medicamentos apresentam um percentual maior de cura (cerca de 90%);
tempo reduzido de tratamento (passa de um ano, em média, para três meses de
tratamento); redução da quantidade de comprimidos, além da vantagem do uso
oral. Vale ressaltar que esses medicamentos também podem ser utilizados em
pacientes que aguardam ou já realizaram transplante. São produtos de menor
toxicidade, com menos efeitos colaterais. A expectativa é que o novo tratamento
beneficie 60 mil pessoas nos próximos dois anos.
SOBRE A DOENÇA -
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). A transmissão ocorre, dentre outras
formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para
preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal - como lâminas de barbear e
depilar -, alicates de unha, além de outros objetos que furam ou cortam na
confecção de tatuagem e colocação de piercings.
Estimativas indicam que cerca de 3% da
população mundial pode ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção
crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, calcula-se que
1,4 a 1,7 milhão de pessoas estejam infectadas pelo vírus, sendo a maior parte
na faixa etária dos 45 anos ou mais. Muitos desconhecem o diagnóstico, já que a
doença é silenciosa e apresenta sintomas em fases avançadas.
O Brasil é um dos únicos países em
desenvolvimento no mundo que oferece diagnóstico, testagem e tratamento
universal para as hepatites virais em sistemas públicos e gratuitos de saúde. O
país comandou a criação de um Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
(28 de julho) e lidera o movimento global de enfrentamento da doença.
Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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