Em sua primeira sessão de votação
após a polêmica gestão do deputado e pastor evangélico Marco Feliciano
(PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara adotou nesta quarta-feira
(12) um discurso de que é preciso "virar a página" e decidiu interromper
ações promovidas pela presidência anterior.
Agora sob o
comando do PT, a comissão arquivou todos os requerimentos não votados da gestão
de Feliciano, além de sepultar subcomissões montadas no ano passado, entre elas
a de "defesa das Forças Armadas", que era presidida pelo deputado
Jair Bolsonaro (PP-RJ), entusiasta do regime militar (1964-1985).
Feliciano,
que agora integra a comissão como suplente, apareceu no início da sessão,
assinou sua presença, mas se retirou logo em seguida. Bolsonaro não compareceu.
A gestão de
Feliciano na presidência da comissão foi bastante tumultuada e marcada por uma
sistemática oposição de movimentos de direitos humanos, que o acusavam de
homofobia e racismo. Em uma das polêmicas que se envolveu, Feliciano afirmou
que africanos sofrem uma maldição
bíblica.
Na sessão desta quarta, o novo
presidente da comissão, Assis do Couto (PT-PR), disse ser hora de
"pacificar os ânimos". O que não impediu o deputado Domingos Dutra
(SDD-MA), um dos principais opositores de Feliciano, de afirmar que a comissão
estava sendo "ressuscitada".
Aliados de
Feliciano, que também permanecem na comissão, reagiram e pediram respeito. Mas
eles também falaram em necessidade de que a "página" da gestão
Feliciano "fosse virada". "Na verdade, durante todo o ano
passado tivemos momentos muito difíceis, tensos, que queremos deixar para
trás", disse Roberto de Lucena (PV-SP).
Na semana
que vem, os aliados do pastor irão pedir que seu retrato seja colocado na
galeria dos ex-presidentes, em exibição na comissão. Integrantes da nova
gestão, porém, tentam impedir isso.
Fonte: Folha de S. Paulo

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