segunda-feira, 24 de março de 2014

Entre drogas, IFPB e Viadagens

viado


O assunto da semana entre os militantes do movimento LGBT da Paraíba é o comentário homofóbico feito pelo  professor Diego Vilar do IFPB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba) do campus de Cabedelo, na rede social Facebook. No comentário ele disse: "É que eu sou das antigas... Não uso drogas, respeito a JUSTA hierarquia, e viadagem perto de mim é combatida a ferro e fogo (e em alguns casos até pimenta malagueta)". Veja:

professor ifpb viadagem


Muitos se questionam como um educador pode propagar os princípios da intolerância e do desrespeito as diferenças. A prática da educação não poder ser um espaço para pessoas machistas e homofóbicas e sabemos que os termos "viado" e "viadagem" são usados para desrespeitar os homossexuais. O comentário do professor abriu espaço para muitas interpretações, alguns dizem que ele estava falando da "viadagem" de uso de drogas, o que abre a comparação de homossexuais com dependentes químicos. Outros acham que o professor mostrou ser extremamente homofóbico e que o termo "a ferro e fogo e em alguns caos até pimenta malagueta" mostrou o tratamento que os homossexuais que se aproximarem dele podem sofrer.

O fato é que esse caso deve ser estudado e se realmente merecer punição que seja dada. Porém, sabemos que muitos famosos apresentadores de televisão de João Pessoa fazem comentários bem piores em seus programas e alguns repórteres usaram as redes sociais para divulgar como são homofóbicos e mesmo assim não foram punidos.

Um simples comentário que não há um xingamento direcionado a uma pessoa específica e que pode não ter um contexto divulgando a violência poderia acarretar em punições severas da justiça? O termo "Viadagem" pode ter muitas interpretações, "viado" é um termo muito utilizado em tom de humor no Brasil, as vezes como brincadeira por amigos outras vezes utilizada para ironizar piadas de humoristas.

O professor deve sim ser chamado a atenção, aprender a se comportar nas redes sociais, saber qual o seu papel social como educador e se possível até lançar uma nota explicando o ocorrido e se desculpando. Infelizmente vivemos em um país machista, racista e homofóbico, mas se queremos combater isso, vamos começar pelos maiores que mais influenciam pessoas.
FONTE:ALIGAGY

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