Um feirante homossexual foi agredido com socos e pontapés depois de uma confusão no dia 11 de fevereiro em uma feira de Goiânia. Segundo informações da Polícia Civil, a agressão aconteceu quando o feirante, que trabalha no segmento há mais de 30 anos, chegava para trabalhar e estacionou o caminhão perto de quatro pessoas que estavam lanchando em uma banca. Elas teriam se sentido incomodadas e dois homens foram tirar satisfação e já começaram a agressão, que só parou, quando um colega da vítima chegou e prestou socorro.
O feirante registrou uma ocorrência no 1º DP de Goiânia e como uma testemunha anotou a placa do carro dos suspeitos, eles já foram identificados e devem prestar depoimento nesta semana. Com hematomas nos olhos, escoriações no braço e dores no corpo, a vítima passou por exames e o crime foi registrado como tentativa de homicídio. “É um crime de homofobia. Eles só fizeram essa agressão brutal contra a vítima porque identificaram que ele era gay”, diz o delegado Izaías Pinheiro.
“Foram muitos murros, muitos pontapés em todo meu corpo. Na costela, no peito, na minha cabeça. Só senti o sangue, depois acho que eu desmaiei. Ele disse assim: ‘gente como você tem quem morrer’. Eu já percebi. Ele quis me identificar como gay e como que eu não valesse nada. Como seu eu não fosse gente naquele momento”, afirma a vítima.
Depois da agressão, o feirante não voltou a trabalhar no local. “Você levantar de madrugada para ir trabalhar e encontrar pessoas para querer te matar a troco de nada, de uma violência banal. Eu peço e quero justiça, para que eles não possam fazer isso com outras pessoas”, reclama.
Fonte: Super Pride.
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