A jornalista Barbara Gancia, homossexual assumida, mandou recado no programa "Saia Justa" para o presidente da Câmara, e disse ao iGay que Eduardo Cunha bate na tecla da homofobia para desviar o foco de sua implicação na Operação Lava Jato
A jornalista Barbara Gancia não leva desaforo para casa. Ao se sentir provocada pelo discurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defendendo que se instaure um "dia do orgulho hétero", ela diz que ele não sabe o que é minoria. Mais: que insiste na tecla da homofobia para desviar a atenção de assuntos que o deixam em posição vulnerável, como o fato de seu nome ter entrado na lista de políticos entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que se abra inquérito contra 54 investigados pela Operação Lava Jato. Em outras palavras, ele está querendo tapar o sol com a peneira da homofobia.
Na primeira edição do ano do programa "Saia Justa", na quarta (4) no canal GNT, ela fez um discurso direcionado diretamente ao presidente da Câmara, dizendo o seguinte:
"Sr. Eduardo Cunha, presidente da Câmara, é o seguinte: o senhor não deve saber o que é minoria. A gente chama de Dia do Orgulho Gay não é porque estamos querendo confrontar alguém.
É só para dizer que a essa altura da aventura da humanidade, 2015, depois de tudo o que a humanidade já passou e já progrediu, nós gays podemos dizer que, hoje em dia, temos a liberdade de dizer publicamente que não temos vergonha de dizer quem nós somos porque é tão inócuo ser homossexual, é tão inócuo eu gostar de mulher quanto eu gostar de brócolis ou preferir a Ferrari à Maserati.
Os gays não estão ameaçando a família cristã brasileira. É preciso que o senhor entenda isso. O senhor não precisa criar um dia do hétero porque o hétero já tem todos os privilégios, ele não está sendo ameaçado por ninguém."
Os gays não estão ameaçando a família cristã brasileira. É preciso que o senhor entenda isso. O senhor não precisa criar um dia do hétero porque o hétero já tem todos os privilégios, ele não está sendo ameaçado por ninguém."
Para a jornalista, o que move o presidente da Câmara é mesmo a intenção de criar um factual e tirar de cima dele o foco da operação Lava Jato, que investiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro na Petrobras.
FONTE: IGAY
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