
A
nova linha de apoio é destinada a grupos que combatem o tráfico para o trabalho
escravo ou exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes.
O
processo seletivo contou com a participação de um Comitê de Seleção formado por
três especialistas no assunto: Fábio Balestro Floriano, da Fundação
Friedrich-Ebert-Stiftung; Maria Madalena Ferreira Guilhon Macieira de Barros,
do Fundo Elas; e Maia Sprandel, antropóloga que trabalha no Senado Federal.
“Não
acredito ser importante a entidade já ter desenvolvido ação de enfrentamento ao
tráfico de pessoas. Muitas vezes, dada a força da agenda antitráfico, pode até
ser interessante que não o faça”, disse Maia sobre seus critérios de seleção.
“Prefiro legitimar entidades com trabalhos já consolidados de fortalecimento de
grupos e comunidades, pois os resultados por si só já os fortalecem”,
completou.
Fábio
deu ênfase a projetos com ações diretas de enfrentamento ao tráfico de pessoas,
efeito multiplicador e orçamentos detalhados. Enquanto Madalena dividiu seu
relatório em pontos fortes e fracos, sempre levando em consideração a
comunicação das organizações.
A
diversidade geográfica, o tipo de organização e o público alvo e a modalidade
de tráfico foram critérios seguidos por todos os integrantes do Comitê de
Seleção.
Dos
projetos selecionados, quatro são do Nordeste, três do Sudeste, um do
Centro-Oeste e um do Norte.
No
total, o Fundo Brasil recebeu 111 propostas nesta chamada.
Os
projetos selecionados para receberem apoio são: Casa da Mulher Trabalhadora
(CAMTRA), do Rio de Janeiro; Centro de Referência Integral de Adolescentes
(CRIA), da Bahia; Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen
Bascarán (CDVDH/CB), no Maranhão; Centro de Apoio e Pastoral do Migrante
(CAMI), de São Paulo; Pastoral da Mobilidade Humana (PMH)/ Diocese Santa Cruz
de Corumbá, no Mato Grosso do Sul; Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual
(GGLOS LGTB), no Piauí; Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), na Bahia;
Associação de Prostituição de Minas Gerais (Aprosmig), em Minas Gerais; União
das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), na Amazônia.
Para
conhecer as iniciativas, clique aqui!
Fundo
Brasil
Em
quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 8 milhões a quase 300
projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. A fundação atua para dar
visibilidade a organizações locais de direitos humanos e desenvolver um novo
modelo de doações e promover o investimento social privado.
Fundado
sob a orientação de ativistas e acadêmicos respeitados, o Fundo Brasil de
Direitos humanos começou suas atividades em 2006. É uma fundação privada, sem
fins lucrativos, com a proposta inovadora de construir mecanismos sustentáveis
para canalizar recursos destinados aos defensores de direitos humanos.
Fonte: Fundo Brasil de Direitos Humanos
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