Por outro lado, Marinalva deseja que essas desconfianças não sejam confirmadas. “Queremos que os casos não estejam relacionados, porque isso indicariam que o grupo já atua há muito tempo no Estado”, disse a militante do Matizes.
Fotos: Jailson Soares/ODIA
Marinalva Santana, militante do Grupo Matizes
Em Teresina, o presidente do Conselho Nacional LGBT, Gustavo Bernardes, se diz preocupado com a informação de que um grupo homofóbico atua no Piauí e acredita que o objetivo é intimidar os militantes para que deixem de fazer o seu trabalho. Por isso, denunciar o caso é sempre a melhor alternativa para evitar que as ameaças se concretizem.
Gustavo Bernardes veio ao Piauí para oferecer apoio e para cobrar das autoridades a apuração célere das denúncias. “Esse tipo de ameaça, de grupos neonazistas, é inédito no Nordeste. Até então, nós tínhamos conhecimento de casos assim somente no Sul e Sudeste”, destaca Gustavo.
Gustavo Bernardes, presidente do Conselho Nacional LGBT
Segundo o presidente da entidade nacional, a forma de agir se assemelha. “São sempre ameaças com bilhetes, pichações ou cartazes. A internet também é um instrumento bastante utilizado”, disse Gustavo, que defende a punição como a melhor forma de impedir a disseminação desses grupos.
Por outro lado, ele admite que é muito difícil descobrir os autores desses crimes. “Eles nunca se expõem, têm atitudes covardes e por isso é complicado fazer o monitoramento. Mas as polícias têm sido parceiras”, disse Gustavo, acrescentando que o líder de um grupo neonazista já foi preso pela Polícia Federal. “Esperamos que isso aconteça no Piauí. Que eles sejam descobertos e punidos”, completa.
Para Marinalva Santana, principal alvo das ameaças, a sensação é de tristeza, mas também de determinação. “Esse acontecimento serve para refletir práticas e estratégias, discutindo novas formas de preservar a integridade física dos militantes”, disse Marinalva, que está tomandos alguns cuidados seguindo orientação da polícia.
Fonte: Portal O Dia
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