Pode não ter sido uma apresentação para voltar a ser campeã, mas a
Mocidade Independente de Padre Miguel fez novamente um Carnaval de
verdade na Sapucaí, com um desfile digno de suas tradições.
Algo surpreendente pela crise interna pela qual passa a agremiação da
Zona Oeste do Rio de Janeiro. Há um mês, o presidente Paulo Viana
renunciou e toda a gestão foi trocada. Wadyr Trindade assumiu. O título não vem desde 1996.
O carnavalesco Paulo Menezes tinha um abacaxi em mãos, o qual descascou
sem feridas e levou com leveza e brilhantismo o enredo sobre Fernando
Pinto, carnavalesco que morreu em 1987 e deixou sua marca na Mocidade.
Os carnavais inesquecíveis do pernambucano Fernando Pinto foram
lembrados, entre eles “Ziriguidum 2001, um Carnaval de estrelas”, que
deu o título à escola em 1985. A bateria veio fantasiada com o tema
daquele desfile, com a atriz Mariana Rios debutando com leveza na função
de Rainha.
Mulher bonita, quesito que sempre esteve em alta na Mocidade, não
faltou. Monique Evans, Rainha em 1984, voltou a desfilar na escola, mas
do alto de um carro alegórico. Luana Piovani também esteve presente.
O enredo prestou homenagem a Fernando Pinto e Pernambuco, seu estado
natal. Não faltaram lembranças à cultura nordestina, inclusive no samba,
que teve um toque de forró.
O carro Tem batucada no meu São João - misto de forró e boate, trouxe um beijaço gay entre os componentes.
Contudo, a Mocidade deixou a desejar em algumas alegorias. O abre-alas
demorou a entrar, pois estava acoplado e as partes não conseguiam se
encaixar. No meio do desfile houve ainda um clarão de aproximadamente 50
metros.
Houve ainda alegorias com espaços vazios. Alguns destaques não conseguiram ser levados aos seus postos.
A comissão de frente, que trazia uma pessoa da plateia como convidada a interagir, esteve confusa e pode atrapalhar a escola.
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